quinta-feira, 10 de novembro de 2011

DOCUMENTOS: Tribunal do Santo Ofício – LEBUÇÃO 1.ª Parte

Por Leonel Salvado





PROCESSO DE JOSEFA TERESA
DOCUMENTO : sinopse
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/TT/TSO-IL/028/05073
DATAS DE PRODUÇÃO: 1752-07-22 a 1754-05-25

ÂMBITO E CONTEÚDO
Estatuto social: cristã-nova
Idade: 19 anos
Crime/Acusação: judaísmo
Naturalidade: Lebução, termo de Monforte
Morada: Lisboa
Pai: Baltazar Mendes Cardoso, homem de negócios
Mãe: Teresa Maria de Campos
Estado civil: casada
Cônjuge: José Rodrigues Álvares, homem de negócios
Data da prisão: 22/07/1752
Sentença: auto-de-fé de 19/05/1754. Confisco de bens, abjuração em forma, cárcere e hábito penitências a arbítrio, penitências espirituais.

COTA ACTUAL Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 5073

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DOCUMENTO – Transcrição (impresso/manuscrito): 
Josefa Teresa, 1754 
Processo de Josefa Teresa, cristã-nova, casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócios, natural do lugar de Lebução, Bispado de Miranda, e moradora nesta cidade de Lisboa 

Presa aos 22 de Julho de 1752 

*** 
[Confitentes envolvidos no processo]


1. O Padre Francisco Mendes Gabriel – 3 de Agosto de 1752 
2. Angélica Maria Pereira – 3 de Agosto de 1752 

3. Clara Maria Pereira – 3 de Agosto de 1752 

4. Rosa Maria, mulher de António José de Paiva – 22 de Agosto de 1752 

5. Isabel Henriques – 6 de Setembro de 1752 

6. Maria Rosa Luísa - irmã – 23 de Outubro de 1752 

7. José Álvares da Silva, - tio – 7 de Dezembro de 1752 

8. Brites Luísa – 28 de Outubro de 1753 

9. Francisco Manuel Alves – primo – 1 de Agosto de 1752 

10. Catarina Angélica de Castro – 5 de Novembro de 1753 


*** 
Os Inquisidores Apostolicos contra a herética pravidade & apostasia nestas cidades de Lisboa e seu districto, & c. Mandamos a qualquer Familiar, ou Official do Santo Officio, que nesta cidade de Lisboa ou aonde quer que for achada Joseja Teresa, cristã nova casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócios, natural do lugar de Labução e moradora nesta cidade, na Rua dos Cónegos. É irmã de Maria Rosa Luísa de Campos a prendais com sequestro de benspor culpas que contre ella há neste Santo Officio obrigatórias a prisaõ, & preza a bom recado, com cama, & mais fato necessário a seu uso, & tè_ em dinheiro para seus alimentos a trateis, & entregareis, debaixo de chave ao Alcaide dos carceres Secretos desta Inquisição. E mandamos em virtude da Santa Odediencia, & Sobpena de Excommunhaõ maior, & de quinhentos cruzados para as despesas do Santo Officio, & de procedermos como mais nos parecer, a todas as pessoas assi Ecclesiasticas, como Seculares, de qualquer grão, dignidade, condiçaõ, & preheminencia que sejaõ, vos naõ impidaõ fazer o sobredito, ante sendo por vòs requeridos, vos dem todo o favor, & ajuda; mantimentos, pousadas, camas, ferros, cadeas, cavalgaduras, barcos, & tudo o mais que for necessário, pelo preçoi, & estado da terra. Cumprio assi com muita cautela, & segredo, & al naõ façais. Dado em Lisboa Occidental no Santo Officio da Inquisiçaõ sob nossos sinais, & sello della aos vinte dias do mês de Julho de mil e setecentos e cinquenta e dois anos. Manuel Lourenço Monteiro o sobscreveu. 
Manuel Varejão e Távora 
Luís Barata de Lima 

*** 
Auto de Entrega 
Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil setecentos e cinquenta e dois, aos vinte e dois dias do mês de Julho em Lisboa, nos Estados e à porta dos Cárceres Secretos desta Inquisição, ali foi entregue ao alcaide dos mesmos, António Gomes Esteves, pelo marquês do Louriçal a presa Josefa Teresa de Campos e sendo buscada na forma do Regimento, se lhe achou com dinheiro, duzentos e vinte réis e dois anéis, um com três diamantes rosas cravados em prata e aro de ouro, outro todo de ouro, com a pedra do meio fora das ilhargas, e duas esmeraldasinhas, o que tudo se entregou ao Tesoureiro, Pedro Paulo da Silveira, e se como do dito alcaide se deu por entregue da dita presa, fiz este auto que assinei. Francisco de Sousa o escreveu. 

*** 
Certidão do Decreto 
Francisco de Sousa, Notário do Santo Ofício desta Inquisição de Lisboa, certifico que, provendo o caderno 5 dos Decretos nele, a página 195, se acha um assento dos Senhores do Conselho Geral de 18 de Julho do ano de 1752, do qual consta haver causa e mandado prender nos Cárceres Secretos desta Inquisição, com sequestro de bens, André Lopes Pereira, ou de Castro, Maria Rosa Luísa de Campos, o Doutor Luís Bernardo, Josefa Teresa e Rosa Maria da Silva. O que tudo consta do dito caderno a que me reporto, de que passeia a presente de mandado dos Senhores Inquisidores, que assinei, Lisboa, no Santo Ofício, 13 de Março de 1754. Francisco de Sousa. 

*** 
Culpas de judaísmo que há nesta Inquisição de Lisboa contra Josefa Teresa, cristã nova, casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócios, natural do lugar de Lebução e moradora nesta cidade de Lisboa. 
Do Processo do Padre Francisco Mendes Gabriel, cristão-novo, filho de Francisco Rodrigues Gabriel, homem de negócio, natural da cidade de Bragança, entrado nesta cidade. 
O qual se apresentou de culpas de judaísmo nesta Inquisição de Lisboa em 12 de Novembro de 1750 em que disse ter quarenta e um anos de idade, e depois preso nos Cárceres Secretos por não satisfazer às diminuições de sua confissão; fez-se sessão em espécie, foi avisado que não veio em defesa, continuou a confessar em 24 de Maio de 1752 e nela disse da ré o seguinte, continuou a confessar por mais sessões, foi citado para se lhe dar cópia da prova da justiça, fez-se-lhe publicação de seus ditos conforme em várias sessões, depois do que foi recebido ao grémio curial da Santa Madre Igreja com as penas do regimento, sua sentença no auto público de fé que se celebrou na igreja de São Domingos de Lisboa em 24 de Setembro de 1752. 
Aos vinte dias do mês de Maio de 1752, em Lisboa, nos Estados e Casa terceira das audiências da Santa Inquisição, estando ali, na de manhã, o Senhor Inquisidor Manuel Varejão e Távora, mandou vir perante si, por pedir audiência, ao Padre Francisco Mendes Gabriel, réu preso, contido nestes autos, e sendo presente por dizer o que dirá para continuar as suas confissões, lhe foi dado o juramento dos Santos Evangelhos, em que pôs a mão, sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e ter segredo, o que tudo prometeu cumprir, e logo disse que era de mais lembrado. 
Disse mais que haverá cinco anos, nesta cidade de Lisboa e casa do Doutor Luís Bernardo, de que tem dito, se achou com outra irmã do mesmo, de quem não sabe o nome, e só que é casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócio, natural do dito lugar de Lebução, e moradora nesta cidade, na Rua dos Cónegos, não sabe que fosse presa ou apresentada, e, estando ambos sós, entre práticas que tiveram, se declararam crentes e observantes da Lei de Moisés para salvação de suas almas e, por sua observância, disseram, rezavam a oração do Padre Nosso sem dizer Jesus no fim, faziam o jejum do dia grande e o da Rainha Esther, guardavam os sábados do trabalho como Dias Santos, vestindo camisa lavada na sexta feira à tarde, e não comiam carne de porco, lebre, coelho nem peixe de pele, e não passaram mais, e suposto que a algumas das ditas queixas se declarou também quem foi a pessoa que lhe ensinou a Lei de Moisés, e elas ele contudo não sabe, nem se lembra com quais das ditas pessoas passou o referido, e se fiaram todos uns dos outros parentes, pelo serem, e os mais por amigos e da mesma nação, e mais não disse nem ao costume, e sendo-lhe lida esta sua confissão, e por ele ouvida e entendida, disse estava escrita na verdade e assinou com o réu o dito senhor Inquisidor. André Corsino de Figueiredo, a escrevi = Manuel Varejão e Távora = Francisco Mendes Gabriel. 

Crédito 
André Corsino de Figueiredo, Notário que escrevi a confissão retro do réu, Padre Francisco Mendes Gabriel nela contido, certifico dizer-me o Senhor Inquisidor Manuel Varejão e Távora, lhe dava crédito ordinário, e o mesmo lhe dou eu, Notário, de que passei a presente de mandado do dito Senhor Inquisidor, Lisboa, no Santo Ofício, 24 de Maio de 1752. Manuel Varejão e Távora = André Corsino de Figueiredo. 

*** 

Outra Culpa contra a mesma ré, Josefa Teresa. 
Do processo de Angélica Maria, cristã-nova, filha de Luís Henriques Totta, tendeiro, natural desta cidade de Lisboa e moradora na Vila da Alhandra. 
A qual se apresentou de culpas de judaísmo nesta Inquisição de Lisboa em os três de Agosto de 1752, em que disse ter vinte e cinco anos de idade, e da ré o seguinte; fez-se-lhe sessão de genealogia e foi com licença para a Vila da Alhandra, termos em que se acha seu processo que é corrente. 
Aos três dias do mês de Agosto de 1752, em Lisboa, nos Estados e Casa de despacho da Santa Inquisição, estando ali na audiência da tarde o Senhor Inquisidor Luís Barreto de Lima mandou vir perante si a uma mulher que pediu audiência e, sendo presente por dizer o que dirá para confessar culpas de judaísmo que havia cometido, lhe foi dado o juramento dos Santos Evangelhos em que pôs a sua mão sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e ter segredo, o que tudo prometeu cumprir; e logo disse chamar-se Angélica Maria, cristã-nova, filha de Luís Henriques Totta, tendeiro, e de Catarina Maria da Costa, natural desta cidade e moradora na Vila da Alhandra, de vinte e cinco anos, digo de quinze anos de idade. 
Disse mais que haverá três anos, pouco mais ou menos, nesta cidade de Lisboa e casa dela, confitente, se achou com outra sua prima irmã inteira da antecedente chamada Josefa Teresa, cristã-nova, filha de Baltazar Mendes, não sabe o nome da mãe, casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócio, natural de Lebução e moradora nesta cidade, presa no Santo Ofício, e, estando ambas sós, por ocasião da mesma não querer merendar e dizer que jejuava, se declararam por crentes e observantes da Lei de Moisés para salvação de suas almas, e por sua observância disseram que rezavam a oração do Padre Nosso sem dizer Jesus no fim, guardavam os sábados como Dias Santos, não comiam carne de porco, lebre, coelho, sangue, nem peixe de peles, digo sem escamas, e faziam o jejum do dia grande mo mês de Agosto e da Rainha Esther em Julho, estando sem comer nem beber de sol a sol, e não passaram mais, nem disseram quem os havia ensinado, nem com quem mais se comunicavam, e se fiaram uns dos outros por serem parentes e da mesma nação, e mais não disse, nem ao costume, e sendo-lhe lida esta sua confissão em presença de seu curador, e por ela ouvida, e entendida, disse estava escrita na verdade, e assinaram comigo, que a fiz, pela ré não saber escrever e de seu rogo, e o dito Senhor Inquisidor. Pedro Paulo da Silveira o escrevi. Luís Barata de Lima = Pedro Paulo da Silveira = Clemente Xavier dos Santos. 

Crédito 
Pedro Paulo da Silveira, Notário que escrevi a confissão retro da ré Angélica Maria nela contida, certifico dizer-me o Senhor Inquisidor Luís Barata de Lima lhe dava crédito ordinário, e o mesmo lhe dou eu, Notário, de que passei a presente de mandado do dito Senhor Inquisidor. Assinei, Lisboa, no Santo Ofício, 3 de Agosto de 1752. Luís Barata de Lima = Pedro Paulo da Silveira. 

*** 
Outra Culpa contra a mesma ré, Josefa Teresa. 
Do processo de Clara Maria, cristã-nova, solteira, filha de Luís Henriques Totta, tendeiro, natural desta cidade e moradora na Vila da Alhandra. 
A qual se apresentou de culpas de judaísmo nesta Inquisição de Lisboa em 3 de Agosto de 1752, em que disse ter dezoito anos de idade, e da ré o seguinte; foi-lhe dado curador; fez-se-lhe sessão de genealogia e foi com licença para a Vila da Alhandra, termos com que se acha no processo que é corrente. 
Aos vinte e três dias do mês de Agosto de 1752, em Lisboa, nos Estados e Casa terceira das audiências da Santa Inquisição, estando ali, na de tarde, o Senhor Inquisidor Luís Barata de Lima, mandou vir perante si a uma mulher que da Sala pediu audiência, e sendo presente por dizer o que dirá para confessar culpas de judaísmo que havia cometido, lhe foi dado o juramento dos Santos Evangelhos em que pôs sua mão sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e ter segredo, o que tudo prometeu cumprir. E logo disse chamar-se Clara Maria, cristã-nova, solteira, filha de Luís Henriques Totta, tendeiro, e de Catarina da Costa, natural desta cidade e moradora na Vila da Alhandra, de dezoito anos de idade. 
Disse mais que haverá três anos, pouco mais ou menos, nesta cidade de Lisboa, em casa dela, confitente, se achou com outra sua prima irmã inteira da antecedente, chamada Josefa Teresa, cristã-nova, casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócio, filha de Baltazar Mendes e Teresa de Campos, natural do lugar de Lebução e moradora nesta cidade, presa no Santo Ofício, e estando ambas sós por ocasião dela, confitente, meter no bolso uma pêra que a mesma sua prima lhe deu, se declararam por crentes e observantes da Lei de Moisés para salvação de suas almas, e por sua observância, disseram, rezaram a oração do Padre Nosso sem dizer Jesus no fim, guardavam os sábados de trabalho como Dias Santos, jejuavam o dia grande em Setembro e a Rainha Esther em Julho, estando sem comer nem beber de Estrela a Estrela, e que não comiam carne de porco, lebre coelho, sanguiça e peixe sem escamas, ao que ela, confitente, acrescentou que naquela tarde privilegiava um jejum, e não passaram mais, nem disseram quem os havia ensinado, nem com quem se comunicavam, e se fiaram uns dos outros os parentes, pelo serem, e os mais por serem da mesma nação, e mais não disse nem ao costume; e sendo-lhe lida esta sua confissão em presença de seu curador e por ela ouvida, e entendida, disse estava escrita na verdade. E assinei pela ré, de seu rogo e consentimento por dizer que não sabia escrever, e com o dito Senhor Inquisidor. André Corsino de Figueiredo a escrevi. Luís Barata de Lima = André Corsino de Figueiredo = Clemente Xavier dos Santos. 

Crédito 
André Corsino de Figueiredo, Notário que escrevi a confissão retro da ré Clara Maria nela contida, certifico dizer-me o Senhor Inquisidor Luís Barata de Lima lhe dava crédito diminuto pelo modo com que fez a sua confissão, dando as comunicações singulares e mostrando vir em tudo ajustada com sua irmã Angélica Maria que com ela se veio apresentar e ambas, por seu irmão Francisco Henriques, mandaram petição a esta mesa, tanto que foram presos seus primos nesta cidade e, andando na Sala a dita Angélica Maria e sua mãe, é inverosímil dizer a ré que ignora que se acham apresentadas, e o mesmo lhe dou eu, Notário, de que passei a presente de mandado do dito Inquisidor, com quem assinei, Lisboa, no Santo Ofício, 3 de Agosto de 1752. Luís Barata de Lima = André Corsino de Figueiredo. 

*** 
Outra Culpa contra a mesma ré, Josefa Teresa. 
Do processo de Rosa Maria da Silva, cristã-nova, casada com António José de Paiva, natural da Vila do Fundão, Bispado da Guarda, e moradora nesta cidade de Lisboa. 
A qual foi presa por culpas de judaísmo nos Cárceres Secretos da Inquisição de Lisboa em 21 de Agosto de 1752, principiou a confessar aos 22 do mesmo mês e ano em que disse da ré o seguinte, e continuou a fazer por mais sessões; fez-se-lhe a de sua genealogia em que disse ter trinta e um anos de idade, pouco mais ou menos, assentou na crença de seus erros, continuou as suas confissões que lhe foram recebidas por assento da mesa de 12 de Setembro de 1742, com as penas do Regimento. Ouviu sua sentença no auto de fé que se celebrou da Igreja de São Domingos de Lisboa em 24 de Setembro do dito ano. 
Aos vinte e dois dias do mês de Agosto de 1752, em Lisboa, nos Estados e Casa de despacho da Santa Inquisição, estando ali em audiência, de manhã, o Senhor Inquisidor Luís Barata de Lima mandou vir perante si a uma mulher que no dia de ontem tinha vindo presa para os Cárceres Secretos desta Inquisição e, sendo presente, lhe foi dado o juramento dos Santos Evangelhos em que pôs a mão, sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e ter segredo, o que tudo prometeu cumprir; e disse chamar-se Rosa Maria, cristã-nova, casada com António José de Paiva, natural da Vila do Fundão e moradora nesta cidade, de trinta anos de idade. 
Disse mais que haverá três anos e meio, pouco mais ou menos, nesta cidade de Lisboa e casa de Josefa Teresa, cristã-nova, casada com José Rodrigues Álvares, homem de negócio, não sabe de quem é filha, natural das partes de Bragança e moradora nesta cidade, presa no Santo Ofício, se achou com ela e estando ambas sós, entre práticas, se declararam por crentes, observantes da Lei de Moisés para salvação de suas almas e por sua observância disseram que rezaram a oração do Padre Nosso sem dizer Jesus no fim e não passaram mais, nem disseram quem os havia ensinado, nem com quem mais se comunicavam, e se fiaram uns dos outros os parentes, pelo serem, e os mais por amigos e da mesma nação, e mais não disse nem ao costume, e sendo-lhe lida esta sua confissão e por ela ouvida, e entendida, disse que estava escrita na verdade e assinou com a ré o dito Senhor Inquisidor. Francisco de Sousa do escrevi. Luís Barata de Lima = Rosa Maria. 

Crédito 
Francisco de Sousa, Notário que escrevi a confissão retro da ré Rosa Maria nela contida, certifico dizer-me o Senhor Inquisidor Luís Barata de Lima lhe dava crédito ordinário, e o mesmo lhe dou eu, Notário, de passei a presente de mandado do dito Senhor Inquisidor e assinei, Lisboa, no Santo Ofício, 22 de Agosto de 1752. Luís Barata de Lima = Francisco de Sousa. 

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